Treinar em Jejum: o que pode e não pode!

Treinar em jejum “virou moda” entre os praticantes de atividade física, mas a verdade é que nem todos sabem como esta prática funciona, tampouco conhecem os verdadeiros benefícios. Descubra tudo o que precisa saber agora mesmo.

Por Redação 10 de Novembro de 2020 - Atualizado em 04 de Janeiro de 2021 5 min. de leitura

Treinar em jejum

Sim, treinar em jejum acelera a queima de gordura, contudo, ainda não existem estudos que comprovem que esta prática seja realmente indicada.

Mesmo que seja “moda” nos dias de hoje ir para a academia ou correr sem “forrar” o estômago, ainda não há estudos completos sobre os casos — pelo menos não sobre os casos de jejum de 8h e 12h, que são os mais comuns.

Se o tempo considerado para o jejum for de 24h e 48h, é possível encontrar mais estudos e comprovações sobre os resultados percebidos e a quantidade de gordura e energia gastas corretamente.

A verdade é que não resolve muito ficar de estômago vazio durante todo o treino se, logo após o término você for se alimentar normalmente, pois é necessário que haja um déficit energético ao longo do dia para esta técnica surtir efeito.

Pode treinar em jejum?

Sim! Mas não são todos que estão aptos a esta prática. Recomenda-se que apenas pessoas que têm como hábito a alimentação saudável e possuem uma rotina frequente de exercícios utilizem desta prática.

Entretanto, caso você queira começar na modalidade, mas não segue uma alimentação saudável, tampouco faz atividades físicas com frequência, busque primeiramente o auxílio de um profissional da área de nutrição.

O nutricionista irá sugerir que você comece aos poucos esta dieta, aliada a exercícios físico, mas desde que o paciente não possua nenhum tipo de problema cardiorrespiratório ou outros tipos.

É necessário avisar que a execução intensa dessa modalidade, sem o acompanhamento de um profissional, pode causar problemas como dores de cabeças, náuseas, tonturas e desmaios.

Ao iniciar o aeróbico em jejum o praticante estará “tirando” o corpo e o processo de emagrecimento da “zona de conforto”, obtendo resultados mais rápidos e melhores.

Ainda assim, o recomendado é que os movimentos físicos sejam iniciados com cautela, alternando os dias da abstenção e aumentando gradativamente o tempo dos treinamentos.

A máxima indicada é de 45 minutos de duração por dia, com execução de 3 a 4 vezes por semana, dependendo da intensidade das atividades.

É importante ter em mente que este estilo de dieta também “estaciona” os resultados e, por isso, é aconselhável manter essa rotina por no máximo 30 dias.

Após este prazo, é recomendado que o praticante volte aos exercícios anteriores e a dieta alimentar de pré e pós-treino.

6 benefícios do treino em jejum

Lembre-se que os benefícios podem ser conquistados apenas quando há uma situação adequada para a atividade e, caso você não esteja apto a esta prática, os malefícios podem ser maiores.

Se você está apto para começar, é importante que conheça os benefícios que podem ser alcançados.

  1. Redução da produção de insulina (hormônio responsável pela acumulação de gordura), fortalecendo a eficiência do organismo em metabolizar os alimentos ingeridos.
  2. Ampliação da produção de hormônio GH (hormônio do crescimento), que auxilia no ganho de massa magra.
  3. Intensifica a capacidade enzimática.
  4. Auxilia na perda de peso de quem precisa perder pouca gordura e está com os resultados estagnados.
  5. Atua na sensibilidade à insulina.
  6. Estabiliza os níveis de cortisol.

Treinar em jejum emagrece?

Como relatado ao longo de todo o artigo, treinar em jejum emagrece sim, pois a queima de gordura é maior, entretanto, nem todas as pessoas são liberadas para o exercício.

Entenda que a queima de gordura rápida, causada pela privação alimentar, também pode estagnar em certo ponto, como explicamos mais acima.

Por estar em abstinência alimentar, o nosso corpo possui uma reserva menor de glicogênio, gastando um percentual maior de gordura para poder realizar os movimentos.

Esta ação de queima de gordura ao invés de glicogênio, chama-se catabolismo e é responsável pela queima de até 20% da gordura corporal.

Treinar em jejum faz mal?

Como em todas as situações, existe o outro lado da moeda: o treino em jejum pode causar uma grande queda no seu rendimento.

Isso porque nosso corpo precisa de energia para poder realizar qualquer atividade do nosso dia a dia. Até mesmo quando descansamos estamos utilizando energia para isso.

Nossa fonte de energia é abastecida por meio dos alimentos que ingerimos, como o carboidrato, as proteínas e as gorduras — mas claro que o consumo precisa ser realizado de maneira equilibrada.

O ato de treinar em jejum emagrece porque os índices de glicogênio estão baixos, como explicamos anteriormente, e esta gordura utilizada como combustível é proveniente da betaoxidação.

Ou seja, proveniente do carboidrato que consumimos, de modo que quando não abastecemos nosso corpo com as quantidades necessárias, ele passa então a metabolizar as proteínas, o que chamamos de proteólise.

Quando isso acontece, o indivíduo começa a queimar massa magra durante o esforço físico, o que pode ocasionar uma redução na quantidade de músculo no seu organismo. Além de poder causar outros danos, como déficit de nutrientes e vitaminas no corpo.

O nível de energia relativamente baixo somado aos treinos intensos pode fazer mal para algumas pessoas.

A dica da Atletis para você é: procure sempre um profissional da área de nutrição, antes de começar a realizar qualquer dieta, para que os bons resultados sejam alcançados de maneira mais saudável possível e personalizada para o seu caso.

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