Sim, treinar em jejum acelera a queima de gordura, contudo, ainda não existem estudos que comprovem que esta prática seja realmente indicada.
Mesmo que seja “moda” nos dias de hoje ir para a academia ou correr sem “forrar” o estômago, ainda não há estudos completos sobre os casos — pelo menos não sobre os casos de jejum de 8h e 12h, que são os mais comuns.
Se o tempo considerado para o jejum for de 24h e 48h, é possível encontrar mais estudos e comprovações sobre os resultados percebidos e a quantidade de gordura e energia gastas corretamente.
A verdade é que não resolve muito ficar de estômago vazio durante todo o treino se, logo após o término você for se alimentar normalmente, pois é necessário que haja um déficit energético ao longo do dia para esta técnica surtir efeito.
Pode treinar em jejum?
Sim! Mas não são todos que estão aptos a esta prática. Recomenda-se que apenas pessoas que têm como hábito a alimentação saudável e possuem uma rotina frequente de exercícios utilizem desta prática.
Entretanto, caso você queira começar na modalidade, mas não segue uma alimentação saudável, tampouco faz atividades físicas com frequência, busque primeiramente o auxílio de um profissional da área de nutrição.
O nutricionista irá sugerir que você comece aos poucos esta dieta, aliada a exercícios físico, mas desde que o paciente não possua nenhum tipo de problema cardiorrespiratório ou outros tipos.
É necessário avisar que a execução intensa dessa modalidade, sem o acompanhamento de um profissional, pode causar problemas como dores de cabeças, náuseas, tonturas e desmaios.
Ao iniciar o aeróbico em jejum o praticante estará “tirando” o corpo e o processo de emagrecimento da “zona de conforto”, obtendo resultados mais rápidos e melhores.
Ainda assim, o recomendado é que os movimentos físicos sejam iniciados com cautela, alternando os dias da abstenção e aumentando gradativamente o tempo dos treinamentos.
A máxima indicada é de 45 minutos de duração por dia, com execução de 3 a 4 vezes por semana, dependendo da intensidade das atividades.
É importante ter em mente que este estilo de dieta também “estaciona” os resultados e, por isso, é aconselhável manter essa rotina por no máximo 30 dias.
Após este prazo, é recomendado que o praticante volte aos exercícios anteriores e a dieta alimentar de pré e pós-treino.
6 benefícios do treino em jejum
Lembre-se que os benefícios podem ser conquistados apenas quando há uma situação adequada para a atividade e, caso você não esteja apto a esta prática, os malefícios podem ser maiores.
Se você está apto para começar, é importante que conheça os benefícios que podem ser alcançados.
- Redução da produção de insulina (hormônio responsável pela acumulação de gordura), fortalecendo a eficiência do organismo em metabolizar os alimentos ingeridos.
- Ampliação da produção de hormônio GH (hormônio do crescimento), que auxilia no ganho de massa magra.
- Intensifica a capacidade enzimática.
- Auxilia na perda de peso de quem precisa perder pouca gordura e está com os resultados estagnados.
- Atua na sensibilidade à insulina.
- Estabiliza os níveis de cortisol.
Treinar em jejum emagrece?
Como relatado ao longo de todo o artigo, treinar em jejum emagrece sim, pois a queima de gordura é maior, entretanto, nem todas as pessoas são liberadas para o exercício.
Entenda que a queima de gordura rápida, causada pela privação alimentar, também pode estagnar em certo ponto, como explicamos mais acima.
Por estar em abstinência alimentar, o nosso corpo possui uma reserva menor de glicogênio, gastando um percentual maior de gordura para poder realizar os movimentos.
Esta ação de queima de gordura ao invés de glicogênio, chama-se catabolismo e é responsável pela queima de até 20% da gordura corporal.
Treinar em jejum faz mal?
Como em todas as situações, existe o outro lado da moeda: o treino em jejum pode causar uma grande queda no seu rendimento.
Isso porque nosso corpo precisa de energia para poder realizar qualquer atividade do nosso dia a dia. Até mesmo quando descansamos estamos utilizando energia para isso.
Nossa fonte de energia é abastecida por meio dos alimentos que ingerimos, como o carboidrato, as proteínas e as gorduras — mas claro que o consumo precisa ser realizado de maneira equilibrada.
O ato de treinar em jejum emagrece porque os índices de glicogênio estão baixos, como explicamos anteriormente, e esta gordura utilizada como combustível é proveniente da betaoxidação.
Ou seja, proveniente do carboidrato que consumimos, de modo que quando não abastecemos nosso corpo com as quantidades necessárias, ele passa então a metabolizar as proteínas, o que chamamos de proteólise.
Quando isso acontece, o indivíduo começa a queimar massa magra durante o esforço físico, o que pode ocasionar uma redução na quantidade de músculo no seu organismo. Além de poder causar outros danos, como déficit de nutrientes e vitaminas no corpo.
O nível de energia relativamente baixo somado aos treinos intensos pode fazer mal para algumas pessoas.
A dica da Atletis para você é: procure sempre um profissional da área de nutrição, antes de começar a realizar qualquer dieta, para que os bons resultados sejam alcançados de maneira mais saudável possível e personalizada para o seu caso.
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