O overtraining, também conhecido como “síndrome do sobretreinamento”, nada mais é do que o excesso de atividade física que resulta em fadiga, perda de peso, alterações fisiológicas, de humor e de imunidade. Cuidar para não extrapolar limites e respeitar o tempo de descanso entre dias de exercício para recuperar o corpo é o mais indicado para evitar esse problema.
A condição é tão prejudicial que a Universidade de São Paulo (USP), que realizou estudos submetendo camundongos a treinos em excesso, registrou sintomas muito semelhantes aos observados em humanos, a exemplo do aumento significativo nos processos inflamatórios e lesões no tecido musculoesquelético.
Você não vai querer cair nessa fria de treinar como se não houvesse amanhã, sem dar tempo para que seu organismo recarregue as forças, né? Leia com atenção todas as informações a seguir e fuja desse problemão!
Overtraining: o que é?
O overtraining é um estado no qual praticantes de atividade física excedem suas capacidades de recuperação por conta do volume exagerado de treinamento de alta intensidade, perdendo desempenho físico e apresentando sinais de desgaste muscular agudo.
Somado a isso, a frequência desmedida de treinos sem respeitar os dias de descanso reduz a força, a resistência, a coordenação motora e favorece o aparecimento de lesões.
E, como se não bastasse, o estresse mental se junta à lista de sintomas, levando também a uma maior dificuldade de concentração e até ao aumento da frequência cardíaca da pessoa que enfrenta o problema, mesmo em repouso.
Ou seja, o overtraining pode ser resumido como um combo de desajustes no organismo que, quando não observados e tratados, causam um efeito de bola de neve e deixam você ainda mais para baixo, então, é importante perceber os alertas que seu corpo pode dar!
23 sintomas comuns do overtraining para ficar de olho
Os sinais do overtraining podem se confundir, de início, com aquele cansaço pós-treino ou esgotamento decorrente de uma competição esportiva.
E não entenda mal: a fadiga e as dores musculares são, sim, comuns em quem treina, o problema é quando elas insistem em permanecer por dias a fio, junto com outras condições mais específicas.
Confira as mais comuns na lista abaixo!
- Fadiga excessiva
- Perda da força e resistência
- Distúrbios do sono (insônia ou sonolência fora de hora)
- Perda do apetite
- Diminuição da massa magra (perda de peso aparente)
- Suor em excesso (mesmo em momentos de repouso)
- Dores de cabeça
- Olheiras e aparência abatida
- Alterações nos batimentos cardíacos (mesmo em repouso)
- Oscilações na pressão arterial
- Metabolismo muito acelerado
- Temperatura corporal desregulada
- Manchas vermelhas em pontos irregulares do corpo
- Mudanças no ritmo da respiração
- Sensibilidade no olfato e no tato
- Problemas na coordenação motora
- Queda nos reflexos/menor agilidade de resposta
- Tremores involuntários
- Dores localizadas e persistentes
- Sistema imunológico fragilizado
- Variações drásticas de humor
- Alterações no ciclo menstrual, no caso das mulheres
- Alterações hormonais em ambos os sexos
Observação importante: em adeptos do ciclismo, da natação, da corrida e de outras atividades que requerem o uso da resistência junto da força, o overtraining causa efeitos ainda mais severos de desgaste, por isso, respeite no mínimo o intervalo de 48 horas entre um treino e outro para recuperação muscular.
Como sair do overtraining?
Respeitar o limite de horas de recuperação do seu corpo, manter uma dieta balanceada e contar com avaliações de profissionais de fisioterapia, treinadores físicos e nutricionistas para observar o real quadro do seu organismo são medidas eficazes para superar o overtraining.
Depois de uma série puxada de exercícios, o corpo busca reservas de energia que podem não estar disponíveis em quantidades suficientes, o que justifica, ainda, a necessidade de você se alimentar bem se quiser evitar ou acabar com o problema, consumindo receitas com fontes de proteínas, minerais, vitaminas e fibras.
Fazer uma suplementação alimentar, desde que com a orientação de um profissional nutricionista, também pode ajudar na recuperação mais rápida.
E qual a prevenção para o overtraining?
Entender como está o seu corpo naquele momento da prática da atividade física que pode vir a se tornar excessiva é o ponto de partida para evitar um overtraining.
Para isso, conte com um profissional de educação física e faça as avaliações necessárias, depois, trace um plano estratégico de treino para que você consiga alcançar os seus objetivos sem comprometer o seu corpo.
A história da dieta equilibrada e do descanso como prioridade também se encaixa quando o assunto é prevenção, viu?
Fora que, nem sempre os exercícios de impacto podem ser a melhor escolha para quem quer começar a praticar esportes, por exemplo, e só depois de atividades de fortalecimento muscular é que um aluno deve avançar para modalidades que exigem mais do organismo.
No mais, faça alongamentos com frequência e lembre-se de beber água para garantir que você estará pronto(a) para novos desafios sem acender o alerta vermelho da sua saúde.
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