Os esportes adaptados para deficientes ocupam cada vez mais espaço, mostrando-se fisicamente e emocionalmente importantes para a inclusão social e reabilitação de quem os pratica.
Vibrar e torcer por um atleta ou time é um sentimento universal, e dá até para dizer que diferenças não existem diante da emoção de acompanhar um campeonato. E assim deve ser também na hora de praticar esportes: todos os indivíduos possuem o direito de realizar os mais diversos tipos e modalidades esportivas possíveis.
Este artigo vai apresentar a origem dos paradesportos, nome dado aos esportes realizados por pessoas com alguma deficiência, e também quais são os mais populares praticados no Brasil.
Como surgiu o esporte adaptado
Os paradesportos surgiram no século XX com os esportes para deficientes auditivos. Depois, em 1920, foram incluídos a natação e atletismo para deficientes visuais.
O esporte adaptado para deficientes físicos apareceu pela primeira vez apenas após a Segunda Guerra Mundial, como forma de reabilitação e inclusão social dos soldados mutilados.
Nesse contexto as modalidades começaram a ganhar forças e, em 1948, houveram as primeiras competições esportivas envolvendo veteranos de guerra.
Os Jogos Olímpicos para pessoas com deficiência, as Paraolimpíadas que conhecemos hoje, teve sua primeira edição em Roma apenas em 1960, envolvendo 400 atletas vindos de 23 países, e continua até os tempos atuais.
O esporte adaptado no Brasil surgiu em 1958 e hoje é administrado por 6 grandes instituições:
- ABDC (Associação Brasileira de Desporto para Cegos);
- ANDE (Associação Nacional de Desporto para Excepcionais);
- ABRADECAR (Associação Brasileira de Desportos em Cadeira de Rodas);
- ABDA (Associação Brasileira de Desportos para Amputados);
- ABDEM (Associação Brasileira de Desportos para Deficientes Mentais); e
- CBDS (Confederação Brasileira de Desportos para Surdos).
5 tipos de esportes adaptados mais praticados no Brasil
1. Basquete
No basquete, a altura da tabela, as dimensões da quadra e as regras gerais são iguais às do basquete tradicional. Para o jogo são permitidos cinco atletas em cada equipe.
A partida é dividida em quatro períodos de 10 minutos de duração cada uma. Em caso de empate, existe uma prorrogação de 5 minutos.
Para que a prática do basquete seja justa, há um sistema de classificação conforme o grau de deficiência motora que vai de 1.0 até 4.5, este também é utilizado para realizar as pontuações.
2. Natação
A natação é igual a tradicional que já conhecemos, porém, há adaptações de acordo com as diferentes deficiências de cada atleta que, dependendo do grau, pode ter apoio de alguém da equipe para entrar e sair da piscina.
Este é um dos esportes mais completos, ele trabalha todo o corpo e também é popular por ser capaz de acalmar e relaxar o praticamente.
3. Tênis de mesa
O tênis de mesa é um dos esportes adaptados mais antigos praticados e as regras são praticamente as mesmas do jogo tradicional.
Suas exceções são que o saque deve ser realizado pela mão contrária àquela em que o competidor segura a raquete (regra excluída em caso de deficiência ou amputação de membros) e a bolinha pode pular até duas vezes na mesa sem sofrer penalização.
4. Atletismo
O atletismo é realizado de acordo com a classificação, que tem como base a capacidade motora de cada indivíduo, ou seja, considera o tipo de sequela e a potência dos músculos do atleta.
Esse esporte suporta vários tipos de deficiências, realizando adaptações ou mudanças conforme a particularidade de cada participante.
5. Bocha
O bocha adaptado é muito parecido com o bocha tradicional, pois o objetivo é o jogador encostar o maior número de bolas na bola alvo.
Na partida, o jogador possui seis bolas azuis, seis bolas vermelhas e uma bola branca, que é a bola alvo. A quadra deverá ser lisa e plana com área delimitada nas dimensões de 12,5m x 6m.
Os jogadores são divididos por categorias conforme o tipo e grau de deficiência, por exemplo: distrofia muscular progressiva, acidente vascular cerebral, disfunção motora progressiva, entre outras.
Como começar a praticar um esporte adaptado
É imprescindível buscar um profissional especializado na atividade física voltada para pessoas com deficiência, pois ele saberá encaminhá-lo para o esporte adequado, analisando as suas dificuldades, especialidades e também acompanhando a sua evolução.
Se exercitar é muito importante para o corpo e para a autoestima, e estar com um profissional ideal ajudará a manter um progresso constante, aumentando o nível de atividades e diversificando nas modalidades esportivas.
Lembre-se da importância de ter alguns cuidados com o corpo, como redução de impactos e esforços, garantindo o bem-estar do atleta e a continuidade das atividades físicas, além de evitar ao máximo qualquer tipo de lesão realizando posições corretas e utilizando de acessórios de apoio, como almofadas ergonômicas.
Além de cuidar do corpo e da mente, o praticante de paradesporto também é considerado um forte exemplo de superação e determinação, incentivando outras pessoas para a prática esportiva e o cuidado com o corpo.
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