Ao sentir as dores musculares durante a prática de atividades físicas, o que o atleta poderá estar sentindo são os espasmos musculares. Há algumas diferenças entre a câimbra e os espasmos, apesar de ambas serem contrações involuntárias musculares.
Acontece que é como se o espasmo fosse uma categoria e a câimbra uma subcategoria, ou seja, é como se toda câimbra fosse uma espécie de espasmo, mas nem todo espasmo é câimbra.
A diferenciação maior está na intensidade. A câimbra termina de maneira mais rápida, enquanto o espasmo pode levar o músculo a contrações sequenciais e com duração de tempo maior, podendo ser contabilizados minutos de contrações espasmódicas.
Para definir, então, o que é espasmo muscular, pode-se dizer que é uma contração muscular involuntária.
O que causa espasmos musculares
Veja, abaixo, o que pode causar espasmos musculares no seu corpo:
Desequilíbrio hidroeletrolítico
Este desequilíbrio é caracterizado pela perda significativa de líquidos e eletrolíticos (os sais minerais, cada um com sua função) essenciais para a saúde das células. No caso dos atletas, essa perda ocorre, principalmente, pelo suor excessivo.
Sobrecarga muscular
Quando o atleta faz mais esforço do que deveria, sem dar o devido tempo de descanso para a sua musculatura recuperar, os espasmos podem surgir com frequência e, por isso, conhecer os limites do seu corpo, associado a uma nutrição adequada é fundamental. É difícil dissociar a sobrecarga muscular do desequilíbrio hidroeletrolítico, uma vez que um é consequência do outro.
Sintomas de doenças cardíacas
Os espasmos musculares, quando sentidos no músculo do coração, podem ser indicativos de doenças cardíacas, como, por exemplo, espasmo coronariano. Mas, se este for o seu caso, procure um médico cardiologista.
O que acontece, nos casos de espasmos musculares por sobrecarga de atividade física, é que há acumulação de ácido lático, ou seja, o resíduo/produto do trabalho das células no músculo. Isso porque elas consomem todos os nutrientes, a fim de realizar a contração muscular esperada pela atividade praticada. Além disso, um pouco destes nutrientes, como já visto, saem com o suor.
Sendo assim, quando o atleta força uma atividade para além da sua capacidade e habitualidade, o músculo não dá conta de recuperar os nutrientes perdidos - e, por isso, há o acúmulo do ácido lático.
Como eliminar os espasmos musculares
Como o ácido lático está em quantidade anormal dentro das células musculares, é preciso que ele se decomponha, recuperando, assim, os nutrientes adequados para nutrir as células.
Dessa forma, além de hidratar e alimentar adequadamente, o que deve ser feito de acordo com as necessidades individuais de cada atleta, o que decompõe o ácido lático em excesso é mais exercício físico. Contudo, preste atenção: em doses muito menores.
Alongar o corpo e aquecer o músculo já contam como atividade física suficiente para quem tem esta intenção. Aliás, na verdade, é prática considerada obrigatória, para o músculo conseguir entender quando está prestes a trabalhar bastante, no caso do aquecimento; ou descansar, no caso do alongamento.
Massagear o local do corpo onde o músculo teve maior grau de exigência também é uma maneira de fazer parar os espasmos musculares. A intenção desse aquecimento, massagem e/ou alongamento é queimar o ácido lático. Ou seja, como o seu corpo já terá queimado todos os nutrientes que precisa para contrair e relaxar, tendo como resultado o acúmulo de ácido lático a fim de queimá-lo, pode-se, então, utilizá-lo como fonte de energia.
Por exemplo, se o atleta nadou para treinar, ele pode, depois de acabar o treino, pedalar numa bicicleta bem pouco e em muito menor intensidade, com o único objetivo de expulsar esse ácido lático das células musculares, a fim de dar espaço para a entrada de novos ingredientes e recuperar a força para o próximo treino.
Assim, pode-se concluir que, para evitar as contrações musculares involuntárias (os espasmos), que podem levar à uma câimbra com dor intensa, o atleta pode - e deve! - utilizar os seguintes recursos, a fim de controlar os espasmos musculares, a longo prazo:
Como evitar os espasmos musculares
- Alimentação e hidratação adequadas;
- Alongamento e aquecimento antes e depois do efetivo treino;
- Massagem no local do corpo trabalhado;
- Descanso suficiente entre um treino e outro.
Assim, o que mais importa é que o atleta tenha consciência dos seus limites e trabalhe em conjunto com profissionais eficientes, seja nutricionistas, treinadores e fisioterapeutas, por exemplo, a fim de treinar sempre por prazer e não por dor.
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